domingo, 24 de abril de 2016

Livre Docência Prof. Alexandre Mendonça Munhoz

Concurso Professor Livre-Docente
FMUSP
Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz


Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, em concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica. Banca Examinadora do Concurso, Profs. Miguel Sabino Neto (EPM), Renato da Silva Freitas (UFPR), Rolf Gemperli (FMUSP), José Pinhata Otoch (FMUSP) e Marcelo Sacramento Cunha (UFBA). Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.
Realizado em agosto de 2014 na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) o concurso junto ao Departamento de Cirurgia para o provimento do título de Professor Livre Docente na Disciplina de Cirurgia Plástica. O Título de Livre Docente é um grau acadêmico universitário concedido no Brasil por uma Instituição de ensino superior, e realizado por meio de concurso público aberto e oficializado pelo Diário Oficial do Estado. Foi introduzido de maneira oficial no âmbito universitário em 1976, e é direcionado à pesquisadores que possuam, no mínimo, o título de Doutorado. Todavia, há relatos que os  concursos de livre-docência se iniciaram no Brasil em 1911, na então Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com a reforma Rivadávia Correa.

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, em concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, com o Prof.Dr. Rolf Gemperli (FMUSP), presidente da banca examinadora na sala da congregação da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.


Esse grau acadêmico, realizado após 5 anos da obtenção do título de doutorado, é considerado o estágio mais elevado da carreira universitária e congrega condição acadêmica superior para a realização da docência e da pesquisa universitária. Normalmente os concursos exigem que o livre-docente possua uma carreira universitária com experiência em ensino e em pesquisa, e título de doutorado, há pelo menos cinco anos, uma vez que permite um maior amadurecimento do candidato e a realização da  tese de livre-docência. 

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, em concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, na sala da congregação da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.


Cabe ainda ao candidato ao título demonstrar a capacidade de produzir linha de pesquisa própria, coerente com assunto específico e produção científica continuada, sólida e adequada com a linha de pesquisa pré-estabelecida. Ademais, o exercício da docência exige do candidato atuação nas áreas de graduação e pós-graduação, principalmente, com a orientação de teses de mestrado e doutorado, orientando e formando assim novos pesquisadores para a instituição universitária. A livre-docência é regulada pelas Leis nº. 5.802/72 e nº. 6.096/74 e pelo Decreto 76.119/75 e pelo Parecer 826/98 do extinto Conselho Federal de Educação.

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, durante o concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, na sala da congregação da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.


De acordo com as regras pré-estabelecidas e publicadas em Diário Oficial do Estado, o concurso de livre-docência inicia por meio de abertura de edital e ao longo do processo seletivo, o candidato ao título submete-se a uma prova escrita e didática, prova prática na área cirúrgica bem como deverá desenvolver uma tese de livre-docência sobre um determinado tema, e defendê-la diante uma banca examinadora. Os concursos para o provimento do título de Livre-Docente habitualmente associam alguns elementos da educação alemã e francesa como a Habilitation Agrégation respectivamente. No modelo alemão, o candidato ao título de Livre-Docente deve apresentar uma tese, a qual deve ser examinada oralmente por banca de especialistas com título de Livre-Docente.

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, durante o preparativo da aula teórica no concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, no anfiteatro da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.


Associado é realizado um julgamento do currículo do candidato, a qual é denominado de Memorial, incluindo publicações, atividades docentes e formação de alunos de pós-graduação. Já no modelo francês, o concurso de livre-docência inclui ainda uma prova didática, que consiste em uma aula ministrada para a banca examinadora acerca de um tema específico e escolhido por meio de sorteio na véspera do exame, e uma prova escrita de erudição, em que o candidato deve dissertar sobre um tema relacionado à area de atuação do candidato. Devido as exigências em termos de ítens do Memorial e os demais pré-requisitos que são recomendados em cada instituição universitária para a inscrição e aceitação do candidato ao concurso, a Livre-Docência é apresenta-se como maior complexidade e desgaste por parte do candidato entre os demais concursos acadêmicos, como mestrado, doutorado ou professor assistente/associado. 

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, na sala de Becas da FMUSP, e preparativos da banca examinadora (Prof. Marcelo Sacramento Cunha e Renato da Silva Freitas) no concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, no anfiteatro da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.

De maneira geral e depender do número de candidatos, o processo de avaliação por parte da banca examinadora pode estender-se por três a sete dias, em que o candidato deve defender a tese e o memorial adquirido durante sua vida acadêmica além de provas teóricas e práticas atestando sua erudição e habilidades cirúrgicas. O preparo para se submeter a essa prova requer no mínimo dois anos de exaustivos estudos e preparo das aulas e da tese, contando sempre com a participação de seus discípulos. Ape- sar de não ter caráter competitivo, é muito mais estressante que o concurso para professor titular. Na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e na Universidade Estadual Paulista (UNESP), o título de livre-docente ainda é pré-requisito para a candidatura a professor titular. 

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, durante a aula teórica sobre Reconstrução Mamária no concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, na sala da congregação da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.


Nessas instituições universitárias, o professor livre-docente pode receber ainda o título de professor-associado ao departamento vinculado a depender de abertura de concurso específico para tal, pertencendo assim ao quadro docente da universidade. Também a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) que, a exemplo das suas demais universidades paulistas com políticas semelhantes, mantém os concursos de livre-docência e pré-requisito para o cargo de professor titular da disciplina. Já nas demais Universidades Federais o concurso e título de Professor Livre-Docente já não existe, uma vez que, o professor com título de doutorado, atuando como adjunto, pode prestar concurso para ocupar o cargo de professor titular. Assim, a livre-docência, foi perdendo sentido nas universidades federais nos últimos anos.

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, na sala de Becas da FMUSP, e preparativos para a defesa do Memorial no concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, no anfiteatro da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.

Apesar do concurso em si e dos inúmero pré-requisitos e etapas/provas do processo de avaliação, o início da sua preparação começa vários anos antes com a preparação da tese e a estruturação do memorial. Ademais, e do ponto de vista filosófico, a formação de um livre-docente tem início após o doutoramento, onde de maneira lenta e progressiva ocorre o amadurecimento científico e intelectual do candidato, há a estruturação de uma linha de pesquisa própria e este passa a publicar de um modo constante e orientar novos mestres e doutores, sendo desta forma reconhecido por pesquisadores dentro de sua linha de pesquisa e de maneira natural, adquire a posição para pleitear o título de Livre-Docente e assim líder em sua linha de pesquisa e no ensino dentro e fora do ambiente universitário.

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, aula teórica no concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, no anfiteatro da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário